A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) informou à Câmara dos Deputados sua decisão de renunciar ao mandato. Em um comunicado divulgado no domingo, 14, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que já solicitou a convocação do suplente, Adilson Barroso (PL-SP), para assumir a posição.
A escolha da parlamentar ocorre poucos dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, anular a votação na Câmara que garantiu o mandato de Zambelli.
Atualmente, Zambelli se encontra detida na Itália, após ter deixado o Brasil. Ela foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado por tentar acessar o sistema do Conselho Nacional de Justiça e aguarda uma decisão da justiça italiana sobre seu processo de extradição.
A renúncia proporciona um alívio para Motta, que se sentia pressionado. De um lado, Moraes revogou a votação que preservava o mandato da deputada – segundo o entendimento do ministro, a Câmara deve apenas acatar a ordem e não reinterpretá-la ou submetê-la a votação no plenário.
Por outro lado, parlamentares alinhados a Bolsonaro exigiam que Motta tomasse providências para reverter a decisão do ministro e manter Zambelli na Câmara. Um grupo mais crítico ao STF propunha intensificar a oposição a Moraes como uma forma de enviar um aviso em meio ao aumento da tensão entre os Poderes.
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