
A delegada Michela Ragazzi, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Ribeirão Preto (SP), declarou na sexta-feira (12) que o material audiovisual criado por um casal acusado de abusar da filha de 3 anos é “estarrecedor”. Em uma entrevista ao g1, ela mencionou que, em seus 29 anos de trajetória profissional — dos quais 25 foram na DDM —, nunca havia encontrado um caso parecido.
De acordo com a delegada, existem indícios de que Leiliane Vitória Oliva Coelho, de 22 anos, incentivava seu parceiro, Andrey Gabriel Eduardo Bento Zancarli, de 23, a desenvolver fetiches envolvendo a criança.
Leiliane e Andrey foram detidos na quarta-feira (10) e sua prisão foi convertida em preventiva na quinta-feira (11). O padrasto está encarcerado na Cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP), enquanto a mãe permanece em Ribeirão Preto, aguardando transferência para uma unidade prisional da região.

Ambos enfrentarão acusações de estupro de vulnerável, além de crimes relacionados à disseminação de material sexual e exploração infantil. Todo o conteúdo coletado nos celulares do casal será analisado por peritos.
As investigações se iniciaram após uma denúncia feita pelo amante de Leiliane, que relatou que, durante os seis meses em que conviveu com os filhos dela, notou comportamentos estranhos na menina. Com essa informação, a Polícia Civil foi à residência da família e prendeu Andrey, que estava com a criança e seu bebê de 4 meses, filho do casal; Leiliane foi detida em seu local de trabalho.
A menina e o irmão chegaram a ficar com familiares do padrasto, mas atualmente estão sob os cuidados de um abrigo. O Conselho Tutelar informou que ambos estão seguros. O pai da criança, que reside em Paranapanema (SP), recebeu orientações sobre como iniciar o processo para solicitar a guarda e já deu início aos trâmites.
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