
Rodrigo Martins Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, informou que seu filho, Celso Martins Mello, foi detido neste sábado pela Polícia Federal em relação à investigação sobre a fuga do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) para os Estados Unidos. A prisão ocorreu em Manaus, sob ordem do ministro Alexandre de Moraes, que está à frente do inquérito sobre a rota utilizada pelo ex-diretor da Abin para deixar o Brasil. As informações são do O Globo.
Em sua declaração, Cataratas afirmou que o filho “é inocente” e que a defesa já apresentou um recurso contra a decisão. A assessoria do empresário ressaltou a importância do “respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência”. A prisão levanta novas questões sobre o papel de aliados de Ramagem na travessia pela fronteira, especialmente pelo município de Bonfim, em Roraima, em direção à Guiana.
A investigação da PF indica que Ramagem teria ingressado na Guiana por Lethem antes de seguir para os Estados Unidos. Esse país é um dos locais onde Cataratas tem negócios relacionados ao garimpo. Na semana passada, após ser mencionado por veículos de comunicação de Roraima, ele publicou um vídeo negando qualquer envolvimento e alegou ser alvo de “perseguição”. “Todos nós aqui somos de direita e estamos sendo perseguidos”, disse.

No vídeo, o empresário defende sua relação com Ramagem e afirma que não cometeu crime. “Tenho fotos com Ramagem nas minhas redes sociais. Quando ele esteve aqui, não havia condenação”, afirmou. Ele classificou como “falaciosa” a narrativa de que teria auxiliado na fuga e disse ter tomado conhecimento da condenação do deputado apenas quando este já estava fora do país.
Cataratas é pré-candidato ao Senado pelo PRD e possui patrimônio estimado em milhões, incluindo R$ 4,5 milhões em espécie, dez aeronaves e onze veículos. Em 2022, ele se candidatou a uma vaga na Câmara pelo PL. É um dos líderes do movimento “Garimpo é Legal” e também atua na exploração de ouro na região Norte.
O garimpeiro enfrenta processos por crimes ambientais e foi denunciado pelo MPF por ter incendiado um carro e um helicóptero do Ibama em 2021. Seu filho, Celso, também tem um histórico de problemas judiciais: em 2022, foi preso por suspeita de garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A nova prisão coloca ambos no centro das investigações sobre a fuga de Ramagem.
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