Após um recente apagão em São Paulo, o Ministério de Minas e Energia declarou neste domingo, dia 14, que a Enel poderá perder sua concessão no estado caso não atenda às obrigações contratuais estabelecidas pela regulação. “O Governo do Brasil não aceitará falhas recorrentes, interrupções prolongadas ou qualquer desrespeito à população, especialmente em um serviço essencial como o fornecimento de energia elétrica”, afirmou em nota.
Além disso, a pasta comunicou que o ministro Alexandre Silveira irá sugerir uma agenda com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), para definir responsabilidades e promover uma atuação coordenada. “Isso garantirá que todos os órgãos públicos envolvidos desempenhem suas funções na gestão da crise”, destacou.
O comunicado do governo Lula (PT) foi emitido após Nunes expressar a necessidade de intervenção federal na concessionária. “O que desejamos é que o governo federal intervenha na Enel, inicie o processo de caducidade e comece a contratar uma nova empresa que tenha a capacidade de atender às necessidades de São Paulo”, comentou.
A Grande SP enfrenta desde a última quinta-feira um novo apagão que, em seu pico, afetou mais de 2 milhões de residências. O incidente foi novamente provocado por fortes tempestades e ventos intensos. O estado havia sido impactado, na quarta-feira, por um ciclone extratropical. Essa, no entanto, não é a primeira vez que tal fenômeno ocorre na região.
Autoridades e consumidores criticam a Enel por não seguir os protocolos de prevenção a desastres, como a poda de árvores e o aterramento dos cabos de energia. A empresa, em comunicados anteriores sobre a situação, contestou essas alegações.
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