Os advogados da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tornaram pública, neste domingo 14, uma carta aberta onde a parlamentar explica sua escolha de renunciar ao mandato na Câmara dos Deputados. Zambelli, que se encontra detida na Itália, estava sob uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que previa a perda de seu cargo.
Na quinta-feira 11, o ministro invalidou uma tentativa da Câmara que buscava proteger a bolsonarista e ordenou a convocação do suplente. A decisão de Moraes foi ratificada por unanimidade pela Primeira Turma.
De acordo com Zambelli, sua renúncia não decorre de “medo” ou “fraqueza”. “Anuncio, de maneira pública e solene, minha renúncia para evidenciar que um mandato legitimado por quase um milhão de votos foi interrompido mesmo com o reconhecimento formal, por esta Casa, da ausência de provas para sua cassação”, afirmou.
Na missiva, a parlamentar rejeitou a ideia de que se trata de uma ‘rendição’. “É um símbolo de resistência. É a afirmação de que mandatos podem passar, mas princípios são inegociáveis. A democracia não se limita ao dia da eleição, mas se sustenta no respeito às instituições, ao devido processo legal e à soberania da representação popular”, declarou.
Zambelli está detida na Itália após ter deixado o Brasil. A deputada foi condenada a 10 anos de prisão em regime fechado por tentar invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça e atualmente aguarda uma decisão da justiça italiana acerca de sua extradição.
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